Sem estado de emergência, "teriam morrido 300 mil pessoas", diz Sánchez

Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, anunciou este sábado o prolongamento do estado de emergência no país durante "cerca de um mês".

Notícia

© Getty Images

Anabela Sousa Dantas
16/05/2020 16:47 ‧ 16/05/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Espanha

O primeiro-ministro de Espanha anunciou este sábado o prolongamento do estado de emergência no país, para que esteja ativo até ao final da última etapa do desconfinamento, e defendeu essa decisão recordando que o número de fatalidades seria muito pior caso não tivessem sido tomadas essas medidas.

"Com o inquérito serológico conferimos que foi contagiada 5% da população e que a letalidade real é de 1%. Estes dados levam-nos a concluir que o estado de emergência funcionou. O caminho que estávamos a seguir desde o início da epidemia é o único possível", disse Pedro Sánchez, em conferência de imprensa, citado pelo El País.

O responsável pelo governo central espanhol disse, ainda, que alguns defendiam que "uma solução era deixar que o vírus se espalhasse para alcançar a imunidade de grupo, o que implica 70% da população" mas que quem iniciou essa abordagem "teve de dar um passo atrás".

"Se tivéssemos optado por essa abordagem, a infeção poderia ter chegado a 30 milhões de espanhóis e poderia ter custado a vida a 300 mil pessoas. Ou talvez mais porque teria colapsado o sistema de saúde. Devemos ter muito em conta estas lições", acrescentou o primeiro-ministro.

Sublinhe-se que Sánchez anunciou este sábado que vai prolongar o estado de emergência no país durante "cerca de um mês", sem se comprometer com um data específica, sublinhando que a ideia é que esteja ativo até ao final da última etapa do desconfinamento.

Decretado em 14 de março, esta exceção à normalidade permitiu ao Governo recuperar o controlo de poderes num país altamente descentralizado e limitar a circulação de pessoas, tendo sido considerado um dos mais rigorosos confinamentos do mundo.

A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia da Covid-19 no mundo, com mais de 27 mil mortes, lançou na segunda-feira passada o levantamento progressivo das restrições associadas ao coronavírus em metade do país.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas