Desconfinamento na Europa prossegue a partir de 2.ª-feira. Como vai ser?

O levantar de restrições, impostas pela quase totalidade dos governos para travar a pandemia de covid-19, vai prosseguir esta segunda-feira com a reabertura de um sem número de serviços em muitos países europeus, incluindo em Portugal.

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© Reuters

Lusa
17/05/2020 08:20 ‧ 17/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Grécia, Itália, Dinamarca, Bélgica, Irlanda, Polónia e Macedónia são alguns dos países que ou dão início ou continuam com o desconfinamento, agora com a reabertura de escolas, comércio, restauração, cafés e salões de beleza, entre outros setores de atividade.

República Checa, a 07 de abril, Áustria, a 14, Dinamarca, a 15, e Noruega, a 20, foram os primeiros na Europa a levantar algumas das limitações impostas para controlar a pandemia de covid-19, nuns casos reabrindo o pequeno comércio e as creches, noutros voltando a permitir a saída à rua e as deslocações. 

Esta segunda-feira esses e outros setores de atividade reabrem num conjunto de países europeus.

 

GRÉCIA

O Governo grego prossegue o levantamento das restrições, com a reabertura de escolas secundárias e de locais antigos e históricos, como a Acrópole.

Tal como noutros países, a Grécia impôs, a 23 de março, um confinamento geral, para travar a pandemia do novo coronavírus, que terminou a 04 de maio.

Menos afetada que grande parte dos países europeus, a Grécia contabilizou, até hoje, 160 óbitos entre os 2.810 casos de pessoas contaminadas pela Covid-19.

  

ITÁLIA

As autoridades italianas começam a partir da próxima segunda-feira a reabrir os museus, autorizando também a celebração de missas, desde que seja respeitado o distanciamento social e o uso de máscaras e luvas pelo padre na eucaristia.

Também os cabeleireiros e salões de beleza podem reabrir em 18 de maio.

Com as escolas encerradas até setembro, a Itália iniciou a fase de desconfinamento a 04 deste mês, com a reabertura de algumas atividades, sendo um dos países europeus mais afetado pela pandemia de covid-19, contando até sexta-feira mais de 223.000 casos de contaminação e 31.386 mortes.

 

DINAMARCA

A Dinamarca prossegue a reabertura gradual dos serviços autorizando a abrir portas os colégios, restaurantes e locais de culto, bem como as atividades ao ar livre.

A 29 de abril, Copenhaga indicou ter a propagação da pandemia controlada, apesar de ter começado a desconfinar duas semanas antes, a 14 do mesmo mês.

Para travar a propagação do vírus, a Dinamarca encerrou creches, escolas, colégios e liceus, alguns restaurantes e bares, salas de ginásio e cabeleireiros, proibindo também reuniões com mais de dez pessoas.

Algumas das restrições foram já levantadas, tendo já entrado em aulas os alunos até ao sexto ano e começado a funcionar os salões de cabeleireiro e de tatuagens.

Por outro lado, face aos bons resultados no combate à pandemia, o campeonato dinamarquês de futebol, interrompido desde março, regressara em 28 de maio, mas à porta fechada.

  

BÉLGICA

As autoridades belgas vão reabrir algumas escolas, dando sequência às medidas de desconfinamento iniciadas em meados de março.

A partir de segunda-feira serão também autorizadas cerimónias de casamento e fúnebres, embora limitadas a 30 pessoas.

A 13 deste mês, dia em que se iniciou o desconfinamento no país, a primeira-ministra belga, Sophie Wilmès, indicou que todas as manifestações culturais, desportivas e recreativas vão continuar interditas até 30 de junho, de forma a evitar a propagação do novo coronavírus no país.

Nesse dia reabriu o comércio, tendo avançado que os cafés e restaurantes só voltarão a abrir portas a 08 de junho.

Nos clubes desportivos, que também retomaram no mesmo dia a atividade, os treinos de jogadores e atletas terão de ser supervisionados por um adulto com responsabilidades sanitárias, devendo cada grupo não ultrapassar as 20 pessoas.

Na Bélgica, país de 11,5 milhões de habitantes, o vírus "continua perigoso", alertou Welmès, que apelou a todos para continuarem a limitar ao máximo os contactos.

Até hoje, a Bélgica registou até sexta-feira 54.644 casos de covid-19, de que resultaram 8.959 mortes.

  

IRLANDA

A Irlanda começa segunda-feira a primeira fase de levantamento do confinamento, imposto a 28 de março.

No mesmo dia em que o Governo prevê iniciar a realização de 15.000 testes de controlo diários e completar em três dias o rastreio de 90% dos casos positivos.

O novo plano tem metas de "qualidade e tempo" definidas para cada fase, relativas ao período entre a prescrição do teste, a recolha de amostras com esfregaços nasofaríngeos e, caso seja positivo, o processo posterior de rastreio.

A Irlanda registou até sexta-feira 23.827 casos de infeção, 1.506 mortes e 19.470 casos considerados curados.

 

POLÓNIA

A partir de segunda-feira, a Polónia reabre algumas atividades económicas, com destaque para os salões de beleza, cafés e restaurantes, e para o regresso às aulas presenciais.

O desconfinamento tem, porém, a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção e do respeito pelo distanciamento social, tal como ficou definido a 03 deste mês, quando o Governo de Varsóvia iniciou o desconfinamento.

Na Polónia, Estado membro da União Europeia (UE) e que conta com cerca de 28 milhões de habitantes, os testes ao novo coronavírus têm sido limitados.

No total, desde o início da pandemia, a Polónia registou 18.016 casos de infeção, que provocaram a morte a 907 doentes.

Na semana passada, Varsóvia permitiu a reabertura de hotéis, centros comerciais e jardins de infância, depois de ter adiado à última hora as eleições presidenciais, previstas para 10 deste mês.

 

MACEDÓNIA DO NORTE

As autoridades norte-macedónias autorizam, a partir de segunda-feira, a reabertura dos cafés e restaurantes, embora cumprindo medidas de segurança, como o distanciamento entre as pessoas, o uso de máscaras e de luvas sanitárias.

No início deste mês decretou o recolher obrigatório durante três dias, tendo, depois aligeirado as restrições.

A Macedónia do Norte, que declarou o estado de emergência a 18 de março, contabilizou até sexta-feira 1.740 casos de covid-10 e 97 óbitos.

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