Arábia Saudita começa desconfinamento com a peregrinação a Meca à vista

A Arábia Saudita inicia na quinta-feira um desconfinamento em três fases que prevê um levantamento gradual das restrições até finais de junho, com o 'hajj', a grande peregrinação anual a Meca, em julho, no horizonte.

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Lusa
26/05/2020 12:09 ‧ 26/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A agência noticiosa oficial SPA indicou, citando fontes do Ministério do Interior, que a partir de quinta-feira vai diminuir a duração do recolher obrigatório, que passa a ser desde as 15:00 às 06:00, período durante o qual se permitirá a deslocação entre regiões em carro particular.

A segunda fase começará no dia 31 de maio, com um recolher obrigatório ainda mais reduzido (das 20:00 às 06:00), o regresso de algumas atividades económicas e comerciais e o recomeço dos voos nacionais.

As orações de sexta-feira, o dia santo muçulmano, passarão a poder ser feitas nas mesquitas, com exceção da de Meca.

A terceira e última fase está prevista para começar a 21 de junho, quando as autoridades esperam que todas as regiões voltem praticamente à situação prévia à do recolher obrigatório, à exceção de Meca.

Continuarão a ser proibidas as reuniões de mais de 50 pessoas e os cidadãos terão de usar máscara para travar a propagação da covid-19.

Meca, que recebe anualmente milhões de muçulmanos de todo o mundo, tem sido um dos focos da infeção do novo coronavírus no reino.

As autoridades suspenderam no final de fevereiro a "peregrinação menor" a Meca, que se realiza durante o ano inteiro, e desde março estão suspensas as orações públicas nas cidades sagradas de Meca e Medina, mas não suspenderam oficialmente o 'hajj', a grande peregrinação anual.

O governo saudita tem vindo a pedir aos muçulmanos em todo o mundo que atrasem as reservas e os preparativos para o 'hajj' face à incerteza, mas nos últimos dias multiplicaram-se os apelos a Riade para que informe sobre se haverá ou não 'hajj' este ano.

Meca registou 14.548 casos de infeção, atrás de Riade, a capital do reino, com 16.234 infetados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Arábia Saudita é o país árabe do Médio Oriente com mais casos de covid-19, 74.795, incluindo 399 mortos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 344.000 mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência France Presse.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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