Dos 79 novos casos detetados na quarta-feira, 68 são infecções locais. A maioria (54) terá ocorrido num centro logístico nos arredores de Seul, na cidade de Bucheon, a sudoeste da capital.
Os primeiros casos de infeção naquele armazém da Coupang, a maior empresa de comércio eletrónico do país, tinham sido registados na terça-feira. Com os novos casos diagnosticados na quarta-feira, o número de contágios naquela empresa sobe para 69.
O vice-ministro da Saúde, Kim Gang-lip, alertou que o Governo espera que este número ainda venha a aumentar, à medida que mais trabalhadores forem sendo testados.
As autoridades identificaram 4.159 pessoas que se pensa poderem ter sido infetadas na empresa, entre trabalhadores e pessoas que estiveram em contacto com os funcionários, tendo já realizado 3.400 testes.
Os 79 casos identificados na quarta-feira representam o pior pico de infeções na Coreia do Sul desde 05 de abril, há 53 dias, quando o país registou 81 casos.
O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul disse na terça-feira que o país poderá ter de repor as restrições de distanciamento social que começou a diminuir em abril, por causa do aumento de transmissões do novo coronavírus, sobretudo na área metropolitana de Seul.
O país asiático tem sido apontado como um dos melhores no controlo da pandemia, graças a um sistema abrangente de rastreio, testes em massa e isolamento de pessoas que tenham estado em contacto com infetados.
Desde o início da pandemia, a Coreia do Sul registou 11.344 casos de infeção e 269 mortos. Apenas 735 (6,5%) permanecem ativos.
A esmagadora maioria das pessoas infetadas (91,1%) foram consideradas curadas.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 352 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.