Governo Bolsonaro com 43% de rejeição de inquiridos em sondagem

O Governo do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, é rejeitado por 43% de inquiridos numa sondagem do Instituto Datafolha, hoje divulgada.

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Lusa
28/05/2020 20:39 ‧ 28/05/2020 por Lusa

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Segundo a sondagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, consideraram o Governo brasileiro ótimo ou bom 33% dos entrevistados, regular (22%), enquanto outros 2% declararam não saber ou não quiseram opinar.

O levantamento ouviu 2.069 pessoas na segunda e terça-feira, em entrevistas realizadas por telefone por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

A sondagem mostrou que a avaliação do Governo Bolsonaro piorou no meio da pandemia da covid-19 e de crises políticas que assolaram o país em maio.

Numa sondagem anterior do Datafolha, realizada em 01 e 02 de abril, o Governo Bolsonaro era rejeitado por 39% dos entrevistados. Portanto, houve um aumento de 3% na avaliação negativa.

Por outro lado, os números também mostraram estabilidade na taxa de aprovação do Governo brasileiro, que se manteve na faixa dos 33% nos levantamentos de abril e maio.

As opiniões recolhidas entre os brasileiros indicaram que a polarização aumentou porque a subida na desaprovação se verificou na queda da percentagem de pessoas que consideravam o Governo regular, que passou de 25% em abril para 22% em maio.

A crise na saúde é um dos fatores a explicar esta mudança. Atualmente o Brasil regista 411.821 casos confirmados e 25.598 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Além disso, o país também sofre o impacto de uma grave crise política.

Na quarta-feira, um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou uma operação policial que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão contra aliados próximos do Presidente Bolsonaro, que são suspeitos de integrar uma rede de divulgação de informações falsas e ameaças contra autoridades locais, incluindo juízes do STF.

Entre os alvos estão vários deputados ligados ao Governo brasileiro, mas também líderes empresariais acusados de financiar a alegada rede de difamação, que ficou conhecida no Brasil como "Gabinete do ódio".

Bolsonaro criticou fortemente a operação na quarta-feira e afirmou que os alvos dos mandados eram "pessoas boas".

O próprio Presidente brasileiro, porém, está na mira da justiça porque foi acusado de tentar interferir politicamente na Polícia Federal pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. A acusação deu origem a uma investigação que está em curso no STF.

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