"O processo está na fase inicial, já foram realizadas algumas diligências, ouvidas algumas pessoas para que se possa determinar o autor ou autores desses atos", afirmou Álvaro João, sublinhando que as investigações não estão, por enquanto, direcionadas a uma pessoa concreta e ninguém foi constituído arguido até agora.
Também a governação no Cuanza Sul está a ser investigada depois de denúncias surgidas nas redes sociais, tendo sido já abertos dois inquéritos "que correm os trâmites legais e estão na fase conclusiva", declarou a mesma fonte.
"Se se determinar que houve algum dano ao património público, os autores serão responsabilizados criminalmente", salientou Álvaro João, prometendo mais desenvolvimentos nos próximos dias.
O porta-voz da PGR lembrou que este organismo tem entre as suas atribuições a competência de fiscalizar as ações de responsabilidade financeira dos órgãos públicos.
Nos últimos dias, os meios de comunicação social angolanos deram destaque a alegadas práticas de má gestão envolvendo a governação das províncias do Bengo e do Cuanza Sul.
No domingo, o inspetor-geral das Finanças do Cuanza Sul, Rodrigues Eduardo, que iria prestar declarações no âmbito do processo que envolve o governador daquela província, Job Capapinha, foi assassinado em Luanda com um tiro à queima-roupa, segundo o Novo Jornal.
A PGR no Cuanza Sul confirmou, recentemente, ter instaurado um inquérito sobre a suposta sobrefaturação no aluguer de duas viaturas para os vice-governadores provinciais, avaliadas em mais de 191 mil kwanzas (295 euros) por dia, para um período de um ano.
Segundo fontes da PGR, citadas pelo Novo Jornal, o contrato foi assinado Job Capapinha, e por uma empresa constituída em dezembro de 2018, propriedade de um mauritano, para aluguer de viaturas.