Forças do Governo de Tripoli alegam terem retomado aeroporto da capital
As forças do Governo de Acordo Nacional líbio (GAN) anunciaram hoje que retomaram o controlo do aeroporto internacional de Tripoli após violentos combates com as forças leais ao marechal dissidente Khalifa Haftar, homem forte do leste líbio.
© Reuters
Mundo Líbia
"As nossas forças libertaram totalmente o aeroporto internacional de Tripoli" que está encerrado desde 2014, indicou em comunicado Mohamad Gnounou, o porta-voz das forças pró-GAN.
Em paralelo, a ONU anunciava em Nova Iorque o reinício das conversações militares entre os beligerantes destinadas a um cessar-fogo na Líbia, referindo-se a um "primeiro passo positivo".
A enviada interina da ONU, a norte-americana Stephanie Williams, manteve uma reunião por videoconferência com "os cinco membros da delegação do 'exército nacional líbio'" (ENL, o autoproclamado exército de marechal Haftar), indicou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
"Está prevista uma reunião nos próximos dias com a delegação do GAN", acrescentou, numa referência ao Governo sediado em Tripoli e reconhecido pela ONU.
"As negociações vão prosseguir sobre um acordo de cessar-fogo e os acordos associados na base da proposta apresentada pela ONU às delegações em 23 de fevereiro", prosseguiu o porta-voz durante a sua habitual conferência de imprensa diária.
"A missão da ONU encoraja as partes à redução da escalada, a uma cessação das hostilidades que permita melhorar o envio de ajuda humanitária, e a criar um ambiente propício às negociações e à instauração de um clima de confiança entre as partes", disse.
Os dois campos disputam o poder no país petrolífero, em situação de caos desde o derrube do regime de Muammar Kadhafi em 2011, na sequência de uma revolta interna e de uma decisiva intervenção militar da NATO, onde a França se destacou juntamente com Reino Unido e Estados Unidos.
A guerra civil na Líbia, que se agravou na sequência da ingerência militar externa, em particular do Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Rússia em apoio a Haftar, e mais recentemente da Turquia e Qatar em apoio ao campo oposto, provocou milhares de mortos e mais de 200.000 deslocados.
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