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Forças do Governo de Tripoli alegam terem retomado aeroporto da capital

As forças do Governo de Acordo Nacional líbio (GAN) anunciaram hoje que retomaram o controlo do aeroporto internacional de Tripoli após violentos combates com as forças leais ao marechal dissidente Khalifa Haftar, homem forte do leste líbio.

Forças do Governo de Tripoli alegam terem retomado aeroporto da capital
Notícias ao Minuto

20:51 - 03/06/20 por Lusa

Mundo Líbia

"As nossas forças libertaram totalmente o aeroporto internacional de Tripoli" que está encerrado desde 2014, indicou em comunicado Mohamad Gnounou, o porta-voz das forças pró-GAN.

Em paralelo, a ONU anunciava em Nova Iorque o reinício das conversações militares entre os beligerantes destinadas a um cessar-fogo na Líbia, referindo-se a um "primeiro passo positivo".

A enviada interina da ONU, a norte-americana Stephanie Williams, manteve uma reunião por videoconferência com "os cinco membros da delegação do 'exército nacional líbio'" (ENL, o autoproclamado exército de marechal Haftar), indicou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

"Está prevista uma reunião nos próximos dias com a delegação do GAN", acrescentou, numa referência ao Governo sediado em Tripoli e reconhecido pela ONU.

"As negociações vão prosseguir sobre um acordo de cessar-fogo e os acordos associados na base da proposta apresentada pela ONU às delegações em 23 de fevereiro", prosseguiu o porta-voz durante a sua habitual conferência de imprensa diária.

"A missão da ONU encoraja as partes à redução da escalada, a uma cessação das hostilidades que permita melhorar o envio de ajuda humanitária, e a criar um ambiente propício às negociações e à instauração de um clima de confiança entre as partes", disse.

Os dois campos disputam o poder no país petrolífero, em situação de caos desde o derrube do regime de Muammar Kadhafi em 2011, na sequência de uma revolta interna e de uma decisiva intervenção militar da NATO, onde a França se destacou juntamente com Reino Unido e Estados Unidos.

A guerra civil na Líbia, que se agravou na sequência da ingerência militar externa, em particular do Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Rússia em apoio a Haftar, e mais recentemente da Turquia e Qatar em apoio ao campo oposto, provocou milhares de mortos e mais de 200.000 deslocados.

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