Na página oficial do BKA, pode ler-se que o suspeito, que se encontra preso na Alemanha, foi acusado de vários crimes, entre eles abuso sexual de crianças, estando atualmente a cumprir pena "por outras causas", sem especificar quais.
"No passado, o suspeito já tinha sido condenado a pena privativa de liberdade, duas vezes por abuso sexual de crianças do sexo feminino", adianta.
O homem de 43 anos, de origem alemã, terá vivido "mais ou menos permanentemente no Algarve durante períodos entre 1995 e 2007, inclusive por alguns anos numa casa entre Lagos e a Praia da Luz" e desempenhado vários trabalhos.
"Durante esse período, exerceu vários biscates na área de Lagos, entre outros, na restauração. Há também indícios que ele também ganhou a vida a cometer crimes como roubos em complexos de hotéis e apartamentos de férias, além de tráfico de drogas", continua a nota do BKA.
"As autoridades investigadoras conhecem alguns dos veículos que ele usava na época, vários pontos de contacto e um número de telemóvel português", acrescenta o Departamento Federal de Polícia Criminal.
O Ministério Público de Braunschweig, no estado da Baixa Saxónia, está também envolvido na investigação porque foi nesta região onde o suspeito residiu antes de deixar o país.
O BKA sublinha estar a trabalhar na investigação em estreita cooperação com as autoridades britânicas e portuguesas apelando a todos os alemães, numa mensagem já difundida num programa do canal ZDF, que colaborem com informações que possam ser úteis.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer 4 anos, em 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
A polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte, tendo até agora despendido perto de 12 milhões de libras (14 milhões de euros).
A Polícia Judiciária (PJ) reabriu a investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela Procuradoria-Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert Murat.