Prevalência da doença em São Tomé e Príncipe pode ser "muito maior"

A prevalência da covid-19 em São Tomé e Príncipe pode ser "muito maior" do que os números dos testes rápidos realizados pelas autoridades sanitárias, admitiu hoje a responsável da equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) português.

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Lusa
04/06/2020 21:48 ‧ 04/06/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Quanto mais testarmos, muito provavelmente teremos uma prevalência muito maior do que aqueles que temos conhecimento", disse Ana Correia, no balanço da missão do INEM em São Tomé e Príncipe, sublinhando que o importante "é saber perceber a quem se vai testar".

A médica portuguesa notou que, por agora, são conhecidos os resultados dos casos suspeitos e dos que têm sido testados, e se aguarda para "poder ter maior capacidade de diagnóstico".

A equipa do INEM, em São Tomé há três semanas, ajudou a capacitar os quadros são-tomenses que trabalham na luta contra o novo coronavírus e reuniu-se hoje com o embaixador de Portugal para fazer o balanço da sua missão.

Ana Correia disse a equipa concluiu a sua missão e regressa em breve a Portugal, mas vai "continuar remotamente" a dar apoio a São Tomé e Príncipe na parte clínica e "também de formação".

O embaixador Luís Gaspar da Silva salientou que Portugal contribuiu com 90 mil euros para a Organização Mundial da Saúde em São Tomé e Príncipe, no quadro do programa de combate ao novo coronavírus.

Entretanto, já está instalado o laboratório para a realização dos testes de virologia (PCR), no Hospital Ayres de Menezes, estando a sua entrada em funcionamento dependente apenas da conclusão da capacitação dos técnicos nacionais, disse o responsável pelo equipamento, Rosa Neto.

O ministro da Saúde são-tomense, Edgar Neves, visitou hoje o local onde funcionará o laboratório e encorajou os técnicos que estão a receber formação nesta área.

Em África, há 4.606 mortos confirmados em mais de 162 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.339 casos e oito mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (502 casos e cinco mortes), São Tomé e Príncipe (499 casos e 12 mortos), Moçambique (316 casos e dois mortos) e Angola (86 infetados e quatro mortos).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 387 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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