Presidente libanês diz ao Irão que país está "cansado das guerras dos outros"

O Presidente libanês reuniu-se hoje com uma delegação iraniana liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, a quem disse que o país "está cansado da guerra dos outros" e que ninguém deve "interferir nos assuntos internos dos outros".

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© Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

Lusa
23/02/2025 15:26 ‧ há 3 horas por Lusa

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De acordo com a Presidência libanesa, Jospeh Aoun reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, e também com o presidente do parlamento iraniano, Mohamad Baqer Qalibaf, que se deslocou a Beirute para assistir ao funeral de dois ex-líderes do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah e Hashem Safieddine, mortos em ataques israelitas.

 

"O Líbano está cansado das guerras de outros sobre o seu território e os países não devem interferir nos assuntos internos de outros países", disse o Presidente libanês.

A agência noticiosa libanesa ANN refere que, durante a reunião, Qalibaf transmitiu ao Presidente do Líbano o convite do seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para efetuar uma visita oficial a Teerão, e o desejo iraniano de boas relações entre os dois países.

Além disso, Qalibaf sublinhou a importância da "unidade, integridade e soberania do território libanês", e manifestou "a disponibilidade do seu país para participar, juntamente com as nações árabes e islâmicas, na reconstrução do que foi destruído pela agressão israelita contra o Líbano".

"A República Islâmica do Irão quer ver o Líbano como um país estável, seguro e próspero [...]. Apoiamos qualquer decisão que o Líbano tome, sem qualquer interferência estrangeira nos seus assuntos", afirmou.

Aoun disse partilhar desta visão, mas lembrou que ao longo de "muitas décadas o Líbano perdeu grandes líderes" e que "a recente agressão israelita" levou à queda de "mártires em defesa da unidade e da estabilidade" do seu país.

"Nenhum indivíduo, grupo ou funcionário tem o direito de causar o menor dano à independência política, cultural, económica ou militar do país, ou de minar a integridade territorial do país sob o pretexto de exercer a liberdade", disse Aoun, citando a Constituição iraniana, de acordo com a ANN.

O Presidente afirmou ainda que "o Líbano pagou um preço elevado na defesa da causa palestiniana" e manifestou a esperança de "uma solução justa".

Após este encontro, a delegação iraniana foi despedir-se de Nasrallah, numa cerimónia onde interveio um representante do líder supremo do Irão, Ali Khamenei, que leu um discurso em seu nome, afirmando, numa referência a Israel: "O inimigo [...] nunca irá parar até atingir os seus objetivos."

O funeral contou também com a presença de uma delegação dos rebeldes xiitas Huthis do Iémen, bem como de figuras de grupos xiitas do Iraque, que fazem parte do chamado "Eixo da Resistência", uma aliança informal liderada por Teerão, que inclui também o grupo palestiniano Hamas.

Leia Também: Israel atinge lançadores de foguetes no sul do Líbano

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