Governo britânico pede que se evitem manifestações por causa da Covid-19

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, pediu hoje aos cidadãos para que se abstenham de participar nas manifestações previstas para o fim-de-semana em memória do afro-americano George Floyd, face aos riscos de transmissão de covid-19.

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Lusa
05/06/2020 19:10 ‧ 05/06/2020 por Lusa

Mundo

EUA/Floyd

"Como toda a gente, estou horrorizado com a morte de George Floyd. Compreendo porque é que as pessoas estão transtornadas, mas enfrentamos atualmente uma crise sanitária e o coronavírus permanece como uma ameaça real", argumentou.

"Por isso, peço-vos, por favor, pela segurança dos vossos mais próximos, que não participem em grandes reuniões, em manifestações, com mais de seis pessoas", limite fixado para os ajuntamentos no exterior durante o confinamento.

O Reino Unido é palco, ao longo do fim-de-semana, de várias manifestações em todo o país para denunciar o racismo e a morte de Floyd, a 25 de maio, protestos idênticos aos convocados noutras cidades de vários países, no quadro de uma campanha mundial de solidariedade.

A morte de Floyd, que contava 46 anos, aconteceu depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de a vítima dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

Mais de 10.000 pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.

Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em segundo grau e de homicídio involuntário. Os três outros agentes foram, entretanto, acusados por cumplicidade. O julgamento começa segunda-feira.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

O Reino Unido ultrapassou hoje as 40.000 mortes de pessoas testadas positivas ao novo coronavírus (40.261, mais 357 nas últimas 24 horas) e mais de 283 mil casos, o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, só atrás dos Estados Unidos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 391 mil mortos e infetou mais de 6,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.

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