O acordo bilateral, assinado no final de maio, prevê que os cidadãos de ambos os países possam retomar a partir de hoje as viagens oficiais e essenciais de negócios entre a cidade-estado e seis cidades chinesas, como Xangai e Guangdong, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Singapura.
Os viajantes de Singapura e China têm de requerer visto antecipadamente, embora estejam isentos, graças ao acordo, de uma quarentena obrigatória de 14 dias à chegada.
No entanto, devem fazer uma série de exames médicos e apresentar testes negativos da covid-19, 48 horas antes da viagem e após a chegada ao destino, devendo ainda permanecer isolados durante um ou dois dias até ser conhecido o resultado do último teste.
Além disso, em ambos os países, terão de descarregar uma aplicação para telemóvel de rastreio e geolocalização que permite seguir os seus movimentos.
As autoridades também pediram aos viajantes que evitem transportes públicos e recorram antes a automóveis particulares ou táxis.
Singapura e China - onde foi detetado o novo coronavírus, no final de dezembro, na cidade de Wuhan - são os países asiáticos com o maior número de infeções por covid-19 desde o início da pandemia, embora os dois países afirmem que a propagação do vírus está sob controlo.
A cidade-estado está em conversações com outros países, incluindo a Coreia do Sul, Nova Zelândia e Malásia, para tentar chegar a um acordo que permita abrir outros "corredores aéreos", informou na semana passada o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Singapura.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 400 mil mortos e infetou mais de 6,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "Grande Confinamento" que alguns países começaram a abrir.