Os investigadores policiais que detiveram no domingo, em Daca, seis suspeitos envolvidos no caso dos trabalhadores do Bangladesh mortos na Líbia, elevaram hoje para 19 o número total de alegados traficantes.
A série de detenções ocorreu em Daca, nas últimas semanas.
Em maio, grupos armados líbios ligados ao tráfico de seres humanos mataram 26 cidadãos do Bangladesh que se encontravam na Líbia.
O Governo de Tripoli indicou então que outros 11 trabalhadores do Bangladesh ficaram feridos no ataque do dia 28 de maio.
De acordo com as Nações Unidas, os trabalhadores foram mortos num armazém utilizado por traficantes na cidade líbia de Mizhad, onde o grupo se encontrava escondido depois da viagem através da Índia, Emirados Árabes Unidos e Egito.
Segundo a ONU as vítimas dos traficantes também passaram por vários locais no norte de África tendo sido sujeitos a torturas físicas e mentais.
Os traficantes gravaram vídeos das vítimas que enviaram para os familiares no Bangladesh com o propósito de lhes extorquir dinheiro.
O diretor-geral da polícia do Bangladesh, Benazir Ahmed, disse anteriormente que a forma como as pessoas foram brutalmente assassinadas é "inaceitável".
As divisas dos emigrantes do Bangladesh são fundamentais para a economia do país.
Cerca de 10 milhões de cidadãos do Bangladesh trabalham no estrangeiro, sobretudo na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Omã, Kuwait, Líbia, Singapura, Malásia, Estados Unidos e Reino Unido.