Miguel Ángel Pérez foi um dos muitos paramédicos que foi infetado pela Covid-19 devido "à falta de equipamento de proteção adequado", dizem os colegas, em declarações à CNN.
Além dos colegas, o próprio - que acabou por morrer devido à doença - reconhecia, em conversa com a mulher, que o equipamento disponibilizado não era suficiente.
"Em casa, ele dizia 'vamos manter a distância'. Ele queria manter-nos a salvo porque sabia que as condições no trabalho não eram seguras", começou por contar Nancy Edith Alba Cuéllar, numa entrevista ao mesmo meio de comunicação.
Pérez desabafou com a mulher sobre o facto de a sua equipa de paramédicos não ter recebido o equipamento de proteção apropriado, como luvas, máscaras e macacões. Apesar de se ter queixado aos responsáveis, a resposta é que não havia dinheiro suficiente para um melhor equipamento, conta Nancy.
Apesar disso, continuou a trabalhar até que em meados de abril se começou a sentir doente. No dia 20 de abril foi hospitalizado, com confirmação de que estava infetado pelo novo coronavírus e dois dias depois escreveu a sua última mensagem à família.
"Tenham muito cuidado. Amo-vos", recorda a companheira, referindo que uns dias depois morreu.
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