"Quero felicitar o Presidente Trump e o secretário de Estado (Mike) Pompeo pela sua decisão de impor sanções ao TPI. O Tribunal de Haia é uma entidade política hostil a Israel, aos EUA e a outras democracias que respeitam os direitos humanos enquanto ignoram outros países que violam os direitos humanos, especialmente - é claro - o regime terrorista do Irão ", disse Netanyahu aos jornalistas, no início de uma reunião do Conselho de Ministros.
Netanyahu disse acreditar que o tribunal "está a fazer acusações absurdas contra o Estado de Israel, incluindo a sugestão ultrajante de que a presença de judeus no coração da terra natal constitui um crime de guerra", referindo-se às colónias no território palestiniano ocupado, ilegal de acordo com o direito internacional.
As críticas do tribunal aos acordos "violam o senso comum, violam o direito internacional, desde a Conferência de San Remo, há cem anos, e violam a justiça", acrescentou Netanyahu.
"Agradeço novamente ao Presidente Trump e à administração dos EUA pelo seu apoio à verdade e à justiça", declarou, adiantando que o governo israelita votará hoje o estabelecimento de um acordo, a ser chamado de "Ramat Trump", no território sírio ocupado dos Montes Golã, que Trump reconheceu como israelita contra o consenso da comunidade internacional.
O TPI considerou as sanções "inaceitáveis", classificando-as como "uma tentativa de interferir no Estado de Direito".
Trata-se de sanções económicas e restrições de visto aos funcionários do Ministério Público de Haia dedicados a investigar as tropas norte-americanas na guerra no Afeganistão.
Entre as medidas estão o bloqueio de propriedades que esses funcionários podem ter sob a jurisdição dos EUA.
Os Estados Unidos não aceitam a jurisdição do TPI, um tribunal que só tem o poder de exercer sua jurisdição quando as autoridades do país em questão não realizam investigações confiáveis sobre supostos crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.