Apresentado pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, no voto refere-se que Jimmy Carter, que faleceu aos 100 anos, vítima de doença oncológica, disputou as eleições presidenciais norte-americanas de 1976, enquanto candidato do Partido Democrata, tendo vencido o então incumbente, Gerald Ford.
"O seu mandato, exercido entre 1977 e 1981, foi marcado pela implementação de importantes políticas ambientais e de apoio social. São também reconhecidos os seus esforços diplomáticos a nível internacional, nomeadamente no Médio Oriente e no relacionamento com a República Popular da China", realça-se.
No texto proposto por José Pedro Aguiar-Branco, destaca-se também que, em 1982, fundou, em conjunto com sua mulher, Rosalynn Smith, o Centro Jimmy Carter, "com o intuito de atuar na defesa da democracia e dos direitos humanos, na busca de soluções para conflitos, na erradicação de doenças e na promoção do desenvolvimento económico e social".
"O trabalho desenvolvido mereceu-lhe a atribuição do Prémio Nobel da Paz em 2002. A Assembleia da República, reunida em plenário, manifesta o seu profundo pesar pela partida do Presidente Jimmy Carter, lembrando a visita de Estado que efetuou ao nosso país em 1980, bem como postura que adotou, enquanto chefe de Estado, de apoio à consolidação da nossa democracia", sustenta-se no voto.
No voto, enaltece-se ainda o percurso de vida do antigo Presidente dos Estados Unidos "na certeza de que o seu legado na defesa da democracia e dos direitos humanos continuará a ser uma fonte de inspiração".
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