Guatemala não reconhece novo mandato presidencial de Nicolás Maduro

O Governo da Guatemala, liderado pelo Presidente Bernardo Arévalo, anunciou que não reconhece o novo mandato presidencial de Nicolás Maduro na Venezuela, que hoje tomou posse em Caracas, qualificando-o de "regime ilegítimo".

Notícia

© Getty Images

Lusa
10/01/2025 16:01 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

Numa nota emitida pela diplomacia da Guatemala, o país considerou que "o regime ilegítimo de Nicolás Maduro demonstrou a sua falta de vontade de dialogar e, por isso, exige a cessação imediata da usurpação".

 

"A Guatemala rejeitou categoricamente os resultados do processo eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de 28 de julho de 2024, emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)", prosseguiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, no mesmo comunicado.

O ministério afirmou ainda que "a Guatemala, tal como o resto da comunidade democrática internacional, continuará a insistir no respeito pela expressão do povo venezuelano, que se manifestou de forma pacífica e contundente nas urnas".

A Guatemala solicitou também às autoridades venezuelanas para protegerem as instalações diplomáticas do país e o pessoal residente em território venezuelano, incluindo pessoas que procurem asilo nessas instalações, em conformidade com o direito internacional e, em particular, com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.

A detenção e posterior libertação da líder da oposição María Corina Machado na quinta-feira, após ter participado numa marcha em Caracas, intensificou a crise política e social no país, na véspera da tomada de posse de Maduro.

Hoje na capital venezuelana Nicolás Maduro assumiu o seu terceiro mandato consecutivo de seis anos numa cerimónia de tomada de posse no Palácio Legislativo Federal, a sede da Assembleia Nacional da Venezuela (parlamento), num contexto marcado pela contestação da oposição, que afirma ter ocorrido fraude nas eleições presidenciais de julho e cujos resultados a União Europeia (UE) também não reconhece.

O antigo diplomata Edmundo González Urrutia, considerado como o Presidente eleito pela oposição e por dezenas de governos de várias nações, assegurou nos últimos dias que estaria na Venezuela para ser empossado como novo Presidente.

Diversas manifestações de apoiantes de Maduro foram convocadas para hoje em todo o país, com a líder da oposição, María Corina Machado, a apelar igualmente à mobilização do povo venezuelano para contestar nas ruas o regime de Caracas.

Em 28 de julho de 2024, a Venezuela realizou eleições presidenciais, cuja vitória foi atribuída pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, resultado contestado pela oposição que afirma que Edmundo González Urrutia, que entretanto pediu asilo político em Espanha, obteve cerca de 70% dos votos.

Tanto a oposição venezuelana como vários países da comunidade internacional denunciaram o escrutínio como fraudulento e exigiram a apresentação dos registos de votação para que pudessem ser verificados de forma independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

Leia Também: Nicolás Maduro toma posse para 3.º mandato presidencial na Venezuela

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas