Os homossexuais poderão formar-se como padres, nos seminários católicos romanos, desde que sejam celibatários, segundo as novas diretrizes publicadas na quinta-feira pela Conferência Episcopal Italiana.
“No processo formativo, quando se faz referência a tendências homossexuais, é conveniente não reduzir o discernimento apenas a este aspeto. […] O objetivo da formação para o sacerdócio na esfera afetivo-sexual é a capacidade [de] acolher a castidade no celibato como um dom, de a escolher livremente e de a viver responsavelmente”, adiantou o organismo, citado pelo The Guardian.
Reforçou, contudo, que apesar de Igreja Católica “respeitar profundamente as pessoas em questão”, homossexuais que sejam sexualmente ativos não podem ser admitidos em qualquer seminário ou ordens sacras.
Isto porque, de acordo com as diretrizes, o mais importante para os futuros padres é mostrar "uma orientação para a vida celibatária".
No ano passado, Francisco pediu “prudência” quanto à entrada de homossexuais nos seminários, depois de ter vindo a público que o Sumo Pontífice considerava haver “demasiada paneleirice". Confrontado com uma onda de críticas, Francisco assegurou que “nunca teve a intenção de ofender ou de se exprimir em termos homofóbicos”.
Já em dezembro de 2023, o Papa deu 'luz verde' à bênção de casais homossexuais, "em situação irregular" para a Igreja, mantendo a oposição ao casamento homossexual.
Foi a primeira vez que a Igreja se pronunciou claramente sobre a bênção de casais do mesmo sexo, assunto que gera tensões no interior da instituição, devido a uma forte oposição do setor conservador.
[Notícia atualizada às 19h24]
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