Com esta medida, restaurantes e bares podem voltar a acolher clientes em Paris já esta segunda-feira e escolas até ao ensino secundário vão abrir a 22 de junho em todo o território.
"A luta contra a epidemia não terminou, mas esta é uma primeira vitória", afirmou hoje Emmanuel Macron numa mensagem aos franceses através da televisão.
O Presidente deu assim luz verde ao desconfinamento total - exceto os territórios ultramarinos da Maiote e da Guiana -, com a reabertura dos cafés, restaurante e bares que até agora podiam ter só esplanadas em Paris e o regresso obrigatório à escola a partir de 22 de junho.
A segunda volta das eleições municipais de 28 de junho foi confirmada pelo Presidente francês, mantendo a data de 28 de junho para cerca de 5.000 municípios que ainda não têm um novo executivo.
No entanto, Macron lembrou que o vírus ainda circula e que, por isso, as aglomerações de pessoas serão ainda controladas (embora sem precisar se o número máximo para um grupo vai continuar a ser de 10 pessoas).
O Presidente lançou também os pilares da sua governação para os próximos dois anos de mandato e até para a próxima década.
"A economia mundial quase parou [durante a epidemia]. A nossa primeira prioridade é, desde logo, reconstruir uma economia forte, ecológica, soberana e solidária", indicou, recordando que o Governo francês pretende financiar esta nova economia em 500 mil milhões de euros e garantindo que esse investimento não se vai traduzir num aumento de impostos.
Assim, Macron disse que França vai daqui para a frente "construir um modelo económico durável, de trabalho e produção" que não dependa dos outros, num discurso em que a independência do país foi uma constante. A economia francesa deverá ser "forte, ecológica, soberana e solidária".
Segundo o Presidente, este plano de reconstrução "vai fazer-se com a Europa" e com mais Estados a juntarem-se à possibilidade de empréstimos conjuntos entre a França e a Alemanha.
Emmanuel Macron quer ainda mais descentralização do poder de Paris para o resto do território francês, lançando até julho várias consultas com a Assembleia Nacional, o Senado e o Governo para encontrar novas soluções para dar mais poder aos eleitos locais.
O Presidente vai voltar a falar aos franceses em julho, após serem conhecidos os resultados da segunda volta das eleições municipais.