"Deve recordar-se que esta baixa é devida ao serviço do Registo Civil, e este número vai aumentar nos próximos dias e compensar o fim de semana, que regista um menor número", precisou o subsecretário da Saúde, Arturo Zúñiga, na conferência de imprensa diária do Ministério da Saúde.
Os contágios pelo novo coronavírus ascenderam até aos 5.143 casos nas últimas 24 horas, após dois dias seguidos acima dos 6.500, elevando o total de infeções para 179.436 desde o início da pandemia.
O ministro da Saúde, Enrique Paris, congratulou-se com os progressos registados nas regiões de Valparaíso e Viña del Mar, mas lamentou uma vez mais o incumprimento do confinamento na área metropolitana, onde se situa a capital do país sul-americano.
O ministro pediu ao Senado um aumento das multas por incumprimento das normas sanitárias, um projeto pendente de aprovação, e que "dará um sinal muito importante para que as pessoas entendam que se não cumprem terão penas de prisão até três anos".
Enrique Paris assumiu a pasta no sábado após a saída do ex-ministro Jaime Mañalich, cuja gestão da pandemia e estratégia comunicativa ficou assinalada por várias polémicas.
A sua entrada no Governo coincide com a pior crise sanitária e com o principal foco da pandemia, a capital Santiago do Chile, em quarentena desde há um mês e com a rede hospitalar à beira do colapso.
A região metropolitana que inclui a capital permanecerá encerrada "pelo menos todo o mês de junho", apesar de os números continuarem a permanecer elevados nos primeiros 15 dias de junho, admitiu no domingo o ministro em entrevista ao diário La Tercera.
Na sequência da quarentena decretada nas cidades de Valparaíso e Viña del Mar, a 120 quilómetros da capital, quase 50% dos 18 milhões de habitantes do país estão em confinamento.
O Chile, um dos países mais atingidos pela pandemia na América Latina, mas também um dos que realiza mais testes, permanece há quase três meses em estado de emergência, com recolher obrigatório noturno, escolas, universidades e fronteiras encerradas desde meados de março, assim como o comércio que não seja considerado prioritário.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 433 mil mortos e infetou mais de 7,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (115.732) e mais casos de infeção confirmados (quase 2,1 milhões).
Seguem-se o Brasil (43.332 mortes, mais de 867 mil casos), Reino Unido (41.736 mortos, quase 297 mil casos), a Itália (34.371 mortos, mais de 237 mil casos), a França (29.398 mortos, mais de 193 mil casos) e a Espanha (27.136 mortos, mais de 244 mil casos).
A Rússia, que contabiliza 7.081 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 536 mil.