Em Caracas, vários centros comerciais abriram as portas, sob medidas adicionais de segurança que incluíam a medição da temperatura dos visitantes e o uso obrigatório de máscaras em todos os recintos, mas com pouca afluência de pessoas.
Como parte da flexibilização da quarentena as autoridades permitiram a abertura, em horário reduzido, de ginásios, clínicas veterinárias, cinemas, livrarias, lojas de eletrodomésticos, serviços de transporte de encomendas, registos e notários, lavandarias e tinturarias, óticas, sapatarias, lojas de roupa, geladarias e cafés, estes dois últimos apenas prestando serviço de 'take away'.
"O apelo visa cumprir com os protocolos sanitários perante a covid-19 durante esta nova jornada de flexibilização da quarentena que começou hoje. É muito importante o uso obrigatório de máscaras e manter o distanciamento social em todos os espaços para evitar contágios e a propagação do vírus", escreveu hoje o Presidente Nicolás Maduro na sua conta do Twitter.
A 1 de junho último a Venezuela iniciou um programa próprio de suavização da quarenta que começou com 5 dias de flexibilização, seguidos por 5 dias de confinamento.
Na primeira flexibilização, os bancos abriram as portas, os consultórios médicos e odontológicos, as lojas de ferragens e os cabeleireiros. Também os setores da construção, matérias primas, agroquímica, asseio e higiene pessoal, oficinas mecânicas, venda de partes para automóveis, refrigeração, canalização e transporte.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 2.978 casos e 25 mortes associadas ao novo coronavírus. Estão ainda dados como recuperados 835 pacientes.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 433 mil mortos e infetou mais de 7,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.520 pessoas das 37.036 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.