ONU anuncia programa de ajuda alimentar para refugiados

A ONU vai disponibilizar um programa de ajuda alimentar para milhares de refugiados e requerentes de asilo na Líbia, um país à deriva e confrontado com um prolongado conflito entre dois poderes rivais, anunciaram hoje duas agências da organização.

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Lusa
16/06/2020 14:14 ‧ 16/06/2020 por Lusa

Mundo

Líbia

O Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) "uniram os seus esforços na Líbia no âmbito de um projeto destinado a abranger até 10.000 refugiados e requerentes de asilo em situação de insegurança alimentar com uma ajuda de urgência para este ano", indica o comunicado.

A primeira operação de distribuição decorreu na segunda-feira em Sarraj, um bairro da zona oeste da capital, Tripoli.

"Cerca de 2.000 refugiados e requerentes de asilo vão beneficiar [desta ajuda] no decurso da fase piloto", segundo o texto.

Dezenas de milhares de refugiados e requerentes de asilo, mas igualmente migrantes que desejam atravessar o Mediterrâneo e alcançar a Europa, subsistem com grandes dificuldades nas zonas urbanas da Líbia.

"A maioria está dependente de um trabalho diário, mas este trabalho terminou devido às restrições de movimento relacionadas [com o combate à pandemia] covid-19. Vivem dia após dia, com grandes dificuldades em se alimentarem", declarou Jean-Paul Cavalieri, o chefe da missão do ACNUR na Líbia.

"A ajuda que fornecemos no âmbito deste projeto surge num momento crítico e será uma boia de salvação para os refugiados e requerentes de asilo mais vulneráveis nas zonas urbanas", acrescentou.

Segundo o ACNUR, estes refugiados nos meios urbanos "encontram-se particularmente fragilizados face à propagação do novo coronavírus e às medidas preventivas impostas, como o recolher obrigatório e o encerramento dos comércios onde trabalhavam".

A situação das populações mais vulneráveis também se agravou na sequência da ofensiva desencadeada em abril de 2019 pelo homem forte do leste líbio, Khalifa Haftar, para conquistar Tripoli, onde está sediado o Governo de Acordo Nacional (GAN), reconhecido pela ONU.

Após diversos reveses militares, os combatentes pró-Haftar foram forçados nas últimas semanas a recuar para os seus bastiões do leste e do sul do país do Norte de África.

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