EUA e México prolongam restrições na fronteira comum até 21 de julho

Os Estados Unidos e o México chegaram a acordo para prolongar até 21 de julho a proibição de viagens por via terrestre "não essenciais" entre os dois países, para limitar a propagação da covid-19, anunciou hoje a diplomacia mexicana.

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Lusa
16/06/2020 18:48 ‧ 16/06/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"As restrições serão mantidas nas mesmas condições às que estão em vigor desde 21 de março. Os dois países vão continuar a coordenar as medidas sanitárias na fronteira. Estas medidas permanecem em vigor até 21 de julho", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do México em comunicado divulgado na rede social Twitter.

Esta é a terceira ocasião em que os dois países decidem restringir as passagens fronteiriças por terra na sua fronteira comum.

As restrições estabelecidas não impedem o trânsito de alimentos, combustível, equipamentos médicos e medicamentos.

Em 21 de março, o México e os Estados Unidos encerraram as fronteiras para viagens não essenciais, em particular as relacionadas com fins turísticos ou recreativos.

Para mais, também travaram os processos migratórios abertos nos Estados Unidos e deixando milhares de migrantes bloqueados na fronteira norte mexicana, de acordo com diversas organização não-governamental.

No entanto, as restrições impostas não abrangem o trânsito comercial de diversos produtos essenciais através das fronteiras entre os dois países.

A fronteira do México com os Estados Unidos, que se estende por mais de 3.000 quilómetros, é uma das mais frequentadas do mundo, com pelo menos um milhão de pessoas a cruzá-la diariamente e onde se comercializam bens e serviços equivalentes da 1,7 mil milhões de dólares diários (1,5 mil milhões de euros).

De acordo com os últimos dados, o México contabiliza 150.264 contágios e 17.580 mortos pelo coronavírus, enquanto os Estados Unidos, o epicentro da pandemia a nível mundial, regista 2.118.798 positivos e 116.250 mortos, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 436 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

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