"A China rejeita firmemente a declaração do G7 sobre Hong Kong", apontou o conselheiro de Estado da China, Yang Jiechi, citado num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Yang falava durante uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, na ilha do Havai, que pertence aos Estados Unidos.
Pequim tem defendido que a lei visa apenas atividades separatistas e violência grave que ponha em risco a segurança nacional, ou manobras de desestabilização por forças estrangeiras.
A lei foi aprovada no mês passado pela Assembleia Popular Nacional, após um ano de protestos na região semiautónoma contra uma proposta de lei que permitiria a extradição para a China continental, reforçando o movimento pró-independência.
O texto, que ainda não foi finalizado, visa punir atividades separatistas, "terroristas", subversão ou interferência estrangeira na ex-colônia britânica, que voltou à China em 1997.
A oposição pró-democracia de Hong Kong e vários países ocidentais afirmaram que a lei constitui um desafio à autonomia de Hong Kong.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Itália e Alemanha) insistiram "fortemente" com a China na quarta-feira para que "volte atrás" com o projeto de lei.
"Põe em perigo o sistema que permitiu a Hong Kong prosperar e que tem sido a chave do seu sucesso há tantos anos", apontaram.
"Também estamos extremamente preocupados com a possibilidade de que essa medida reduza e ameace os direitos e liberdades fundamentais de toda a população", lê-se no comunicado.
A antiga colónia britânica regressou à China em 1997 sob um acordo que garantia ao território 50 anos de autonomia e liberdades desconhecidas no resto do país, ao abrigo do princípio "um país, dois sistemas", com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial.