Afeganistão. Pelo menos 9 jovens mortos em ataque a escola religiosa

Pelo menos nove adolescentes foram mortos quando uma bomba explodiu numa escola confessional muçulmana no norte do Afeganistão, disseram as autoridades.

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Lusa
18/06/2020 12:25 ‧ 18/06/2020 por Lusa

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Afeganistão

 

A explosão, que também feriu seis pessoas, "foi provocada por uma bomba de argamassa que foi transportada para o interior de uma madrassa (escolas confessionais muçulmanas, também conhecidas como escolas corânicas)", disse Khalil Asir, porta-voz da polícia na província de Takhar, acrescentando que os nove mortos eram quase todos menores.

"Estamos a investigar o caso, para entender como e por que a bomba estava dentro do prédio", informou Asir, que inicialmente tinha reportado apenas a existência de sete mortos.

O porta-voz do governador de Takhar, Jawad Hejri, confirmou esta nova avaliação e de vítimas mortais, dizendo que dois dos jovens "morreram enquanto eram transportados para o hospital".

Esta é a terceira explosão num edifício religioso este mês, no Afeganistão.

A primeira, que ocorreu em 02 de junho e foi reivindicada pelo Estado Islâmico, matou um imã famoso pelos seus discursos polémicos, e também um crente, numa mesquita do centro de Cabul.

A segunda, não reivindicada, matou outro imã da capital, além de três fiéis.

Os edifícios religiosos são frequentemente alvos no Afeganistão, onde ocorre um conflito que dura há 40 anos está ocorrendo.

Em outubro passado, 62 fiéis morreram e mais de 30 ficaram feridos, num ataque a uma mesquita em Nangarhar (no leste do Afeganistão).

Em abril de 2018, um bombardeio do exército afegão a uma madrassa, em Kunduz, uma província vizinha à de Takhar, provocou dezenas de mortos e feridos.

Segundo o Ministério da Defesa afegão, o ataque aéreo, que ocorreu durante uma cerimónia de formatura, teve como alvo muitos talibãs presentes no evento.

Na quarta-feira, os talibãs mataram 18 membros das forças de segurança afegãs, em dois ataques a postos de controle no norte do país.

A violência no Afeganistão tinha diminuído, depois de 24 de maio, quando os talibãs declararam um cessar-fogo de três dias, por causa de um feriado religioso.

Contudo, os insurgentes não mantiveram a trégua, apesar dos pedidos do Governo afegão, que invocou o tratado de paz com os Estados Unidos, assinado no início do ano, para justificar a tentativa de acalmia na região.

 

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