Apesar dos seus já 94 anos, María Sánchez era uma idosa saudável. A pandemia da Covid-19 chegou e a situação da mulher sofreu um grave revés.
"O médico ligou-me a dizer que a minha mãe está em fase terminal", revela a filha María del Carmen, relatando a forma como o estado de saúde da mãe se deteriorou desde maio.
A idosa estava internada na Residência Municipal de Fuenlabrada, mas a 18 de maio teve de ser internada no hospital universitário da cidade devido a complicações de saúde que terão sido originadas pela falta de acompanhamento que teve no lar onde vivia.
"Isolaram-na depois de acusar positivo à Covid-19 [assintomática]. Depois, penso que a abandonaram uma vez que se apresentava bem de saúde. Continuava a cantar e reconhecia-me. Agora, é um vegetal", acusa a filha de María, citada pelo ABC. A mulher acredita que por não apresentar sintomas da doença, os seus cuidados foram descurados, dando origem a outros problemas de saúde.
«Mi madre estaba bien antes de la pandemia. Ahora, es un vegetal» https://t.co/xqsh3cywUy por @asmoya10
— ABC.es (@abc_es) June 19, 2020
Certo é que a 24 de abril, a idosa - que sofre de Alzheimer e demência - foi vista por um médico que num relatório escreveu que a mulher precisava de um acompanhamento continuado. Três semanas depois, é a própria residência que leva María ao hospital, onde lhe são diagnosticadas úlceras na região dos calcanhares.
Devido à degradação do seu estado de saúde, a idosa mantém-se internada no hospital, em estado grave.
A mulher apresentou uma queixa contra a residência que considera responsável por toda esta situação e decidiu que a mãe não mais regressaria ao lar.