Vacina desenvolvida por Oxford já está a ser testada no Brasil

Uma vacina contra o novo coronavírus que está a ser desenvolvido pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, começou a ser testada no Brasil, segundo país com mais casos e mortes provocadas pela pandemia.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
23/06/2020 18:21 ‧ 23/06/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Os testes começaram no estado de São Paulo, o mais rico e populoso do país, no passado fim de semana, após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por fiscalizar testes e medicamentos.

A iniciativa é liderada pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e tem o apoio financeiro da Fundação Lemann, mantida e criada pelo bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann.

Em comunicado, a Fundação Lemann comemorou o início dos testes da vacina de Oxford no Brasil, embora tenha alertado que os resultados não serão imediatos.

"Os especialistas têm um importante caminho a percorrer antes que possam celebrar bons resultados. O que virá a seguir, ainda não sabemos", afirmou Fundação Lemann.

O projeto tem como objetivo testar a vacina num grupo de 2.000 pessoas no Brasil, tornando-o o primeiro país a iniciar testes em humanos fora do Reino Unido para testar a imunização contra o Sars-Cov-2.

Os resultados dos testes, segundo a Unifesp, serão essenciais para o registo da vacina no Reino Unido, previsto para o final deste ano e que dependerá da conclusão dos estudos realizados em todos os países participantes.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 1,1 milhões de casos e 51.271 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta semana que o número de infetados podem ser maiores, já que, segundo o organismo, o país realizou poucos testes para descobrir quantas pessoas tiveram contacto com o vírus no Brasil.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas