Segundo uma nota divulgada hoje pelo IPC, o projeto "Pintar as fachadas das casas de Cidade Velha, Património Mundial" foi desenhado no âmbito do plano de gestão Cidade Velha (2019-2022), aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) e que visa "preservar e valorizar a autenticidade e integridade monumental e paisagística" daquela território.
"Prevê uma melhoria substancial da Paisagem Urbana Histórica da Cidade Velha e, consequentemente elevar o nível de bem-estar da comunidade residente", reconhece o IPC, num projeto que envolve ainda a empresa pública Infraestruturas de Cabo Verde e a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.
O objetivo é "melhorar o aspeto visual e harmonização das cores das casas", motivando os moradores da Cidade Velha "no processo de gestão do sítio, e uma avaliação positivo da Unesco".
A Cidade Velha, na ilha cabo-verdiana de Santiago, foi classificada pela UNESCO como Património da Humanidade em 10 de maio de 2009. Em 26 de junho do mesmo ano, obteve a classificação de uma das Sete Maravilhas do Mundo de origem portuguesa.
"Pintar as fachadas das casas de Cidade Velha, é um projeto ambicioso e que dará um importante contributo para a melhoria da paisagem urbanística de Cidade Velha, sobretudo nas intervenções que procuram conciliar o desenvolvimento urbano e a proteção do Património Mundial", justifica o IPC.
Construída em 1495, a igreja de Nossa Senhora do Rosário é o edifício mais antigo do centro histórico da Cidade Velha que se mantém intacto e integra um dos raros exemplos da arquitetura gótica na África subsaariana. Ex-líbris da Cidade Velha, o Padre António Vieira chegou a pregar naquele templo, por onde terão passado ainda Vasco da Gama e Cristóvão Colombo.
Este programa contemplaria, numa primeira fase, intervenções em apenas cinco residências, número que agora vai subir para 85 moradias, que serão selecionadas com base no manual ilustrado "Cidade Velha, guias de normas urbanísticas da Cidade".