"Concluímos a nossa discussão sobre toda a gama de questões na negociação em pouco mais de três dias. As nossas conversas foram presenciais pela primeira vez desde março e isso deu profundidade e flexibilidade extras às nossas discussões", afirmou David Frost num comunicado.
O diplomata falava após uma semana de negociações em que as equipas estiveram fisicamente no mesmo local, depois as restrições de viagem impostas em meados de março devido à pandemia covid-19 terem forçado a uma série de rondas por videoconferência.
Na segunda-feira as duas partes iniciaram em Bruxelas um mês de negociações intensivas, durante o qual as equipas vão encontrar-se todas as semanas alternadamente entre a capital belga e Londres.
"As negociações foram abrangentes e úteis. Mas também sublinharam as diferenças significativas que ainda permanecem entre nós em várias questões importantes", referiu.
Frost reiterou o empenho em conseguir um entendimento sobre os princípios subjacentes a um acordo até ao final de julho.
Alguns dos pontos de discórdia identificados anteriormente incluem o acesso dos países europeus às águas de pesca britânicas, a exigência de condições equitativas em questões laborais e ambientais ao Reino Unido para beneficiar ter acesso ao mercado único europeu e a criação de um mecanismo de resolução de disputas.
O Reino Unido saiu formalmente da UE em 31 de janeiro, mas mantém-se no mercado único e estruturas europeias até ao final de 2020 no âmbito de um período de transição negociado com Bruxelas.