O Irão e os diferentes países envolvidos "assinaram um acordo de princípio" e "não há qualquer dúvida" de que Teerão vai pagar, embora o montante exato ainda não tenha sido determinado, segundo declarações de Ann Linde à agência sueca TT e confirmadas à agência France Presse pela sua porta-voz.
As 176 vítimas mortais do acidente eram principalmente irano-canadianos, mas também afegãos, britânicos, suecos e ucranianos.
"Assinámos um acordo de princípio segundo o qual vamos negociar com o Irão as indemnizações aos familiares das vítimas", declarou a ministra sueca.
Quanto ao pagamento, Ann Linde disse não haver "dúvida sobre isso". "Por outro lado, não sabemos o montante, as negociações devem esclarecê-lo", adiantou.
Dezassete suecos ou residentes na Suécia encontravam-se a bordo do Boeing 737 da companhia aérea privada ucraniana UIA que a 8 de janeiro se despenhou pouco depois de ter descolado do aeroporto internacional de Teerão.
As forças armadas iranianas reconheceram três dias depois ter abatido "por erro" o avião que tinha como destino Kiev.
No dia do acidente com o Boeing ucraniano, as defesas aéreas do Irão estavam em estado de alerta elevado após a República Islâmica ter disparado mísseis contra uma base iraquiana com soldados norte-americanos, em represália pelo assassinato a 3 de janeiro do poderoso general iraniano Qassem Soleimani num ataque de drones norte-americanos em Bagdad.
Na passada sexta-feira, a organização francesa que investiga acidentes de aviação (BEA) anunciou que o Irão ia enviar as "caixas negras" do Boeing ucraniano para serem analisadas.
A análise dos registos de voo originou um contencioso diplomático entre o Canadá, a Ucrânia e o Irão.