Chen Xu, alto funcionário da Administração Estatal de Regulação do Mercado, afirmou que "serão impostas restrições ao comércio e ao abate de aves vivas", embora nenhum detalhe adicional tenha sido divulgado até à data.
Chen também reiterou que Pequim vai reforçar a punição do comércio e consumo ilegais de animais selvagens.
O vice-presidente para a Ásia da organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA), Jason Baker, saudou a notícia: "Reduzirá o sofrimento de milhões de animais todos os dias. A PETA espera que a medida seja ampliada para que sejam encerrados todos os mercados de animais vivos em todo o país".
As autoridades chinesas terão aumentado a atenção sobre o monitoramento da segurança alimentar e da saúde nos mercados de produtos frescos após o surto de covid-19, que foi detetado em Wuhan, no final de dezembro passado, antes de se alastrar pelo mundo.
A doença terá tido origem num mercado que vendia animais selvagens. No mês passado, uma segunda vaga do surto em Pequim teve origem em Xinfadi, o maior mercado abastecedor da capital chinesa de produtos frescos, como carne e legumes.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 521 mil mortos e infetou mais de 10,88 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A China possui cerca de 44.000 mercados produtores - nos quais, por exemplo, os agricultores vendem os seus produtos diretamente ao público.
Cerca de 70% dos produtos agrícolas do país são distribuídos neste tipo de instalações.