O novo coronavírus foi detetado graças às atividades de monitoração estabelecidas pelas autoridades desde abril, após a confirmação dos primeiros casos, permitindo que os animais sejam testados semanalmente para detetar o vírus numa fase inicial e evitar o contágio para os funcionários.
Numa declaração, o Ministério da Saúde e Agricultura explicou que as 7.000 martas da quinta em Gemert, juntamente com os 4.300 animais de outra quinta em Landhorst - na mesma região de Brabante do Norte e onde o vírus também foi detetado na sexta-feira -, serão hoje abatidos.
No total, dezenas de milhares de martas de vinte quintas de criação de animais para a indústria de peles que apresentaram resultados positivos para o novo coronavírus já foram abatidos, excetuando estes dois últimos casos que irão abater esses animais.
O Governo também impôs outras medidas preventivas, como a proibição de transportar martas e estrume por todo o país ou visitar os estábulos e reforçou os protocolos de higiene para impedir a disseminação da covid-19, depois de ocorrerem pelo menos duas infeções de animais para humanos, as primeiras conhecidas mundialmente desde o início da pandemia.
As autoridades detetaram o novo coronavírus em quintas de martas no final de abril, quando os proprietários observaram problemas respiratórios e gastrointestinais entre esses mustelídeos.
A marta de reprodução ficará legalmente proibida a partir de janeiro de 2024, após uma decisão do Supremo Tribunal dos Países Baixos, e agora os criadores podem pedir ao Estado uma compensação por animais abatidos se decidirem fechar os seus negócios.
No entanto, depois de o novo coronavírus ter sido detetado nas quintas, o Parlamento votou para acelerar o encerramento por completo destas unidades antes do final deste ano, mas o governo ainda está a investigar como compensar os criadores de martas que encerrem voluntariamente.
Nos Países Baixos existem cerca de 130 quintas de criação de martas, com mais de 800.000 criadas para o setor de peles, uma prática que alguns partidos holandeses tentam eliminar desde 1989, citando questões éticas e o bem-estar animal.