Embora tenha cedido, nas últimas semanas, à utilização da máscara em público, o presidente norte-americano mantém a posição de que esta medida de proteção deve depender apenas da vontade do cidadão, e não de uma ordem governamental.
Trump disse à Fox News, numa entrevista que será hoje transmitida na íntegra, que não está em cima da mesa tornar o uso de máscaras obrigatório. "Não, eu quero que as pessoas tenham uma certa liberdade, e não acredito nisso, não", respondeu o líder republicano, em entrevista ao jornalista Chris Wallace, num excerto de apresentação da peça, citado pela CNN.
O governante vai mais longe e diz que discorda da opinião do diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), Robert Redfield, de que "se todos usarmos uma proteção na face nas próximas quatro, seis semanas, podemos acabar com esta epidemia".
THIS SUNDAY: Watch Chris Wallace and President Donald Trump in a one hour EXCLUSIVE interview. Check your local listings. #FNS #FOXNews pic.twitter.com/bRMqotE6Df
— FoxNewsSunday (@FoxNewsSunday) July 18, 2020
"Eu não concordo com a afirmação de que se toda a gente usar uma máscara tudo desaparece. O dr. Fauci disse para não usarem máscara, o nosso porta-voz da Saúde, um tipo espetacular, disse para não usarem máscara. Toda a gente dizia para não se usar máscara. De repente toda a gente tem que usar máscara e, como sabe, as máscaras também causam problemas. Posto isto, eu acredito nas máscaras, acho que as máscaras são uma coisa boa", disse Donald Trump.
Sublinhe-se, no início da pandemia nos Estados Unidos, as entidades de Saúde pediam às pessoas para não usarem máscaras - recomendando, sim, a manutenção rigorosa da higiene das mãos e da etiqueta respiratória -, numa tentativa de salvaguardar os stocks destinados aos profissionais de saúde na primeira linha de combate ao vírus. Agora, tanto o conselheiro da Saúde, Anthony Fauci, como o porta-voz da Saúde, Jerome Adams, pedem explicitamente para que os cidadãos usem máscaras em público.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia em todo o mundo, tendo registo de cerca de 3.698.209 milhões de casos da doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e 139.960 vítimas mortais.