O Ministério da Saúde brasileiro reporta esta quarta-feira mais 1.595 mortes associadas ao novo coronavírus, um novo recorde diário (o último aconteceu a 4 de junho, quando foram reportadas 1.473 mortes). As autoridades indicaram, porém, que este aumento se deve ao facto do estado de São Paulo não ter divulgado os números na véspera, sendo hoje o acumulado de dois dias.
Este novo registo diário eleva o total de mortes no país para 90.134, o segundo pior balanço de óbitos do mundo, sendo apenas superado pelos Estados Unidos (mais de 150 mil vítimas mortais confirmadas).
Recorde-se que, entre 21 e 25 do mês corrente, o Brasil notificou diariamente mais de mil mortes relacionadas com a infeção provocada pelo vírus SARS-CoV-2, número que baixou no dia 26, mas que vem subindo gradualmente desde então.
Em relação aos casos de infeção, a tutela indica que foram confirmadas mais 69.074 pessoas diagnosticadas nas últimas 24 horas, um número superior ao do dia anterior (40.816) e superior ao máximo de 67.860 casos reportados no dia 22 de julho. Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, indicou que o aumento de casos no último mês se deve ao aumento de testes.
O número total de casos confirmados no país, desde 26 de fevereiro, é agora de 2.552.265.
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, faz análise da situação da #Covid19 no Brasil, com base no Boletim Epidemiológico nº 24. pic.twitter.com/ibF9LKpS66
— Ministério da Saúde (@minsaude) July 29, 2020
Destes, 1.787.419 são considerados recuperados da doença, enquanto 675.712 permanecem em acompanhamento.
Recorde-se que o Ministério da Saúde brasileiro está sem responsável máximo há vários meses. Em abril, Luiz Henrique Mandetta foi demitido por defender as medidas de isolamento social, ao contrário da vontade do presidente Jair Bolsonaro, que não via alarme no vírus SARS-CoV-2. O médico oncologista Nelson Teich foi nomeado para o substituir mas pediu exoneração do cargo no dia 15 de maio (com menos de um mês em funções), por discordar de Bolsonaro na questão da administração do fármaco cloroquina.
O cargo ministerial está à responsabilidade de um ministro interino, o general Eduardo Pazuello, militar com vasta experiência em logística.