De acordo com Magda Robalo, o número de vítimas mortais aumentou para 27 e o de recuperados para 944.
"Infelizmente, esta semana a Guiné-Bissau ultrapassa a barreira dos 2.000 casos de covid-19", disse, na conferência de imprensa semanal, em Bissau, a alta comissária.
A antiga ministra da Saúde guineense afirmou também que dos 2.032 casos, 2.027 são de transmissão local e que cinco são casos importados.
A alta comissária contra a covid-19 adiantou que apenas as regiões de Bijagós, Bolama e Quinara não registaram até hoje qualquer caso do novo coronavírus.
Nas declarações aos jornalistas, Magda Robalo insistiu na necessidade de a população respeitar e cumprir com as medidas de prevenção da doença.
"As pessoas que são positivas continuam a transmitir às pessoas, o que significa que temos de acelerar, reforçar, as medidas de prevenção. A não ser que haja uma redução no contacto entre pessoas, vamos continuar a ter contágios", referiu.
Segundo Magda Robalo, no Setor Autónomo de Bissau já há transmissão comunitária.
"Temos uma progressão da doença de pessoa para pessoa e é difícil identificar quem é que infetou quem", salientou.
"Ainda há muito trabalho a fazer para sensibilizar as populações que ainda não estão conscientes do risco que correm. O comportamento que têm tido deixa-nos a pensar que não se leva a doença a sério, o risco de infeção a sério", disse.
Magda Robalo declarou que é preciso uma abordagem diferente para levar a uma mudança de comportamentos.
"As pessoas precisam de estar conscientes de que o risco é permanente e que qualquer pessoa pode transmitir a doença", sublinhou, acrescentando que a utilização de máscara protege o próximo, bem como manter a distância física.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 689 mil mortos e infetou mais de 18,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 20.288 mortos confirmados em mais de 957 mil infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de casos e de mortos (4.821 infetados e 83 óbitos), seguindo-se Cabo Verde (2.583 casos e 25 mortos), Guiné-Bissau (2.032 casos e 27 mortos), Moçambique (1.973 casos e 14 mortos), Angola (1.199 infetados e 55 mortos) e São Tomé e Príncipe (871 casos e 15 mortos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 2,7 milhões de casos e 94.104 óbitos), depois dos Estados Unidos.