Uso de máscara a todo o custo em França apesar da onda de calor

O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, pediu hoje a continuação do respeito pelas medidas de saúde contra a covid-19, apesar da onda de calor que atingiu o país, tornando custoso o uso de máscara.

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Lusa
07/08/2020 17:21 ‧ 07/08/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"A França está a aguentar, os franceses devem aguentar", afirmou o ministro, em resposta a uma pergunta sobre a dificuldade, particularmente para as empresas, de fazer cumprir as medidas de saúde, especialmente o uso de máscara, com o calor atual.

Mais de metade do território francês está hoje em alerta devido ao calor, com temperaturas que pontualmente, sobretudo nas regiões de Bordéus e Toulouse, superaram os 40 graus.

A Météo France colocou em alerta vermelho sete departamentos (dois da Normandia e todos da região de Paris) e outros 53 em alerta laranja devido a "fenómenos perigosos de intensidade excecional".

"O risco suspeito de transmissão aerossol justifica tomar todos os meios possíveis para combater o vírus", disse, referindo-se ao uso da máscara.

O uso, obrigatório em França nos locais públicos fechados, é agora imposto também em dezenas de cidades francesas no exterior.

Por exemplo, vai ser obrigatório nas zonas mais movimentadas de Marselha, a segunda cidade do país, a partir de sábado e desde sexta-feira na duna de areia de Pilat, a mais alta da Europa (102,5 metros) que aumentou em dois milhões o número de visitantes a cada ano.

A onda de calor que atinge boa parte do país deve durar até meados da próxima semana, enquanto o número de casos de covid-19 está a aumentar 30%, com mais de 1.500 contágios por dia.

"Vamos ultrapassar os 600 mil exames por semana. A cada semana, fazemos 100 mil exames a mais do que na semana anterior. Mas isso não é suficiente para explicar o porquê dos números estarem a aumentar", reconheceu Véran.

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