O Ministério da Saúde brasileiro reporta esta sexta-feira mais 1.079 mortes associadas ao novo coronavírus, fixando o total acumulado em 99.572 óbitos desde o início da pandemia no país. Há quatro dias consecutivos com número diário de mortes acima dos mil, o país está muito próximo da trágica barreira das 100 mil mortes, que deverá ultrapassar no sábado.
Em relação aos casos de infeção, a tutela indica que foram confirmadas mais 50.230 pessoas diagnosticadas nas últimas 24 horas, constituindo, também, o quarto dia consecutivo com número diário de infetados acima dos 50 mil.
O número total de casos confirmados no país, desde 26 de fevereiro, é agora de 2.962.442. O Brasil deverá ultrapassar este fim de semana os três milhões de casos confirmados de infeção.
De acordo com uma reportagem da Reuters, com 100 mil mortes, a pandemia terá vitimado, "em menos de 6 meses, o mesmo número de brasileiros que o HIV matou em nove anos".
O Brasil, sublinhe-se, é o segundo país do mundo com mais mortes e mais casos de contágio por novo coronavírus, sendo apenas superado pelos Estados Unidos (mais de 159 mil mortes e mais de 4,8 milhões de casos de infeção).
Recorde-se que o Ministério da Saúde brasileiro está sem responsável máximo há vários meses. Em abril, Luiz Henrique Mandetta foi demitido por defender as medidas de isolamento social, ao contrário da vontade do presidente Jair Bolsonaro, que não via alarme no vírus SARS-CoV-2. O médico oncologista Nelson Teich foi nomeado para o substituir mas pediu exoneração do cargo no dia 15 de maio (com menos de um mês em funções), por discordar de Bolsonaro na questão da administração do fármaco cloroquina.
O cargo ministerial está à responsabilidade de um ministro interino, o general Eduardo Pazuello, militar com vasta experiência em logística.