"A nossa sede nacional em La Flórida, como a regional de El Paraíso, foram assaltadas por grupos fortemente armados, apoiados por funcionários das Forças de Ações Especiais (FAES) e 'coletivos' motorizados do regime", denunciou na sua conta do Twitter.
Henry Ramos Allup, que presidiu ao parlamento venezuelano entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, escreveu ainda que os militantes do partido "estão chamados a defender firmemente" os "símbolos, casas e bandeiras" do partido e a "devolver a democracia à Venezuela".
"Saibam que não dominarão o AD nem a tiros, nem com controlos, nem intimidação. O sentimento que motiva a nossa direção e militantes é de não se ajoelhar e não ser parte de uma fraude [eleitoral]", frisou.
Segundo Henry Ramos Allup, "enquanto o atual regime continuar no poder nada melhorará" no país.
Entretanto, através das redes sociais, foram divulgados vídeos, gravados por telemóveis em viaturas em movimento, onde é possível ver várias pessoas, dentro das instalações de uma das sedes de Ação Democrática, em Caracas.
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (STJ) suspendeu as direções do Primeiro Justiça e da Ação Democrática em 16 de junho e a liderança da Vontade Popular e 07 de julho, e ordenou a reestruturação dos três partidos e a suspensão da expulsão de militantes.
AD (centro-esquerda), um dos partidos opositores mais antigos da Venezuela, era dirigido pelo político e ex-presidente do parlamento, Henry Ramos Allup, mas o STJ impôs uma nova junta de direção que será presidida pelo até agora secretário-geral Bernabé Gutiérrez.
A oposição diz tratar-se que é uma manobra de preparação "para uma nova farsa eleitoral", em que o regime decidirá quem preside aos partidos nas próximas eleições legislativas, previstas para 06 de dezembro.
AD é uma das 27 organizações opositoras que já anunciou que não participará nas eleições legislativas, uma posição contrária à do seu novo presidente que insiste que os "adecos" querem votar por ser uma maneira de solucionar a crise no país.