O acordo anunciado na quinta-feira "é uma estratégia estúpida entre Abu Dhabi e Telavive que vai reforçar o eixo da resistência na região", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão em comunicado.
"O povo oprimido da Palestina e todas as nações livres não vão perdoar a normalização das relações com o regime criminoso de Israel", acrescenta a mesma nota da diplomacia iraniana.
Anteriormente a Autoridade Palestiniana de Mahmud Abbas considerou "traição" à causa palestiniana o acordo de normalização de relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, e pediu uma "reunião de emergência" da Liga Árabe para o denunciar.
"Os dirigentes palestinianos rejeitam o que os Emirados Árabes Unidos fizeram. Trata-se de uma traição a Jerusalém e à causa palestiniana", indicou num comunicado a direção palestiniana, apelando para uma "reunião de emergência" da Liga Árabe, para denunciar o acordo apoiado pelos Estados Unidos.
O projeto de normalização das relações entre Israel e as nações do Golfo, como o Bahrein, a Arábia Saudita e os Emirados, é um dos aspetos do plano da administração norte-americana de Donald Trump para o Médio Oriente saudado pelos israelitas, mas rejeitado pelos palestinianos.
O plano anunciado na quarta-feira prevê também a anexação por Israel do vale do Jordão e de colonatos na Cisjordânia, considerados ilegais pela lei internacional.