Espanha diz que "as coisas não vão bem" e apela à consciencialização

O diretor do Centro de Coordenação de Emergências e Alertas Sanitários de Espanha afirmou hoje que "as coisas não vão bem" perante o aumento exponencial de novos casos de infeção pelo novo coronavírus, apelando à sensibilização da população.

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Lusa
20/08/2020 19:51 ‧ 20/08/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"Que ninguém se engane: as coisas não vão bem [...]. Não podemos deixar que a situação nos escape outra vez", avisou Fernando Simón, em conferência de imprensa.

O médico responsável por acompanhar a evolução da pandemia de covid-19 sublinhou a gravidade da situação epidemiológica em Espanha, embora grande parte dos novos casos sejam assintomáticos e as taxas de hospitalização e mortalidade inferiores às registadas durante o pico da doença.

Conforme notou este responsável do centro de alertas sanitários, o principal risco é que os hospitais voltem a ficar sobrecarregados.

Fernando Simón apelou ainda aos influenciadores sociais para que sensibilizem a população, nomeadamente, para que os jovens, faixa que concentra o maior número de novos contágios, tenham contenção nos festejos.

"Todos os que têm influência sobre a população devem contribuir para a consciencialização", sublinhou.

Na sexta-feira, Espanha decidiu encerrar as discotecas e proibir o fumo na rua, caso a distância de segurança de dois metros não seja respeitada.

Esta quarta-feira, o país totalizou mais 3.349 novas infeções relacionadas com a covid-19 em 24 horas, subindo para 377.906 o total de casos registados no país.

Nos últimos sete dias contabilizaram-se 122 mortes, acima das 12 verificadas em julho, enquanto o total ascende agora a 28.813.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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