"Que ninguém se engane: as coisas não vão bem [...]. Não podemos deixar que a situação nos escape outra vez", avisou Fernando Simón, em conferência de imprensa.
O médico responsável por acompanhar a evolução da pandemia de covid-19 sublinhou a gravidade da situação epidemiológica em Espanha, embora grande parte dos novos casos sejam assintomáticos e as taxas de hospitalização e mortalidade inferiores às registadas durante o pico da doença.
Conforme notou este responsável do centro de alertas sanitários, o principal risco é que os hospitais voltem a ficar sobrecarregados.
Fernando Simón apelou ainda aos influenciadores sociais para que sensibilizem a população, nomeadamente, para que os jovens, faixa que concentra o maior número de novos contágios, tenham contenção nos festejos.
"Todos os que têm influência sobre a população devem contribuir para a consciencialização", sublinhou.
Na sexta-feira, Espanha decidiu encerrar as discotecas e proibir o fumo na rua, caso a distância de segurança de dois metros não seja respeitada.
Esta quarta-feira, o país totalizou mais 3.349 novas infeções relacionadas com a covid-19 em 24 horas, subindo para 377.906 o total de casos registados no país.
Nos últimos sete dias contabilizaram-se 122 mortes, acima das 12 verificadas em julho, enquanto o total ascende agora a 28.813.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.