UE pede governo de transição no Mali "o mais depressa possível"

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia defenderam hoje a formação de um governo de transição, civil, no Mali, e a retoma do processo eleitoral "o mais depressa possível", afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

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Lusa
28/08/2020 18:03 ‧ 28/08/2020 por Lusa

Mundo

Mali

 

Contactado telefonicamente pela Lusa para Berlim, onde participou no conselho informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), que discutiu diversos temas da agenda internacional, Augusto Santos Silva disse ter intervindo sobretudo sobre a situação no Mali, onde há uma semana um golpe de Estado militar afastou o Presidente, Ibrahim Boubacar Keita.

"Entendemos que é preciso formar um governo de transição o mais depressa possível, que esse governo tem de ser de natureza civil e que deve ser retomado, também o mais depressa possível, o processo eleitoral, quer relativamente a eleições presidenciais, visto que o Presidente Keita se demitiu, quer em relação a eleições legislativas", afirmou o ministro português.

Segundo Santos Silva, "esse foi o consenso fundamental" e "a linha de intervenção de todos os ministros [da UE] que se pronunciaram sobre a situação no Mali".

A junta militar que tomou o poder no Mali afirma que devolverá o poder aos civis dentro de um período de tempo de três anos, até à realização de eleições, mais do dobro do tempo que mediou o anterior golpe de Estado no país, em 2012, e a realização de eleições que levaram ao poder Boubacar Keita, que governava desde 2013 e renovou nas urnas o mandato de cinco anos em 2018.

O golpe no Mali, país onde Portugal tem 74 militares integrados em missões da Organização das Nações Unidas (ONU) e da UE, foi rejeitado pela UE, pela ONU, pela União Africana e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

 

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