Estes cientistas que obtiveram o Nobel nas áreas de Física, Química e Medicina, publicaram uma carta aberta em que destacam o hábito de Biden "escutar os peritos".
Sem nunca mencionarem o nome Donald Trump, estes prémios Nobel disseram: "Em nenhum momento da história da nossa nação (EUA) houve uma tão grande necessidade de os nossos líderes apreciarem o valor da ciência na formulação de políticas públicas".
Trump, que se apresenta a disputar a reeleição para outro mandato de quatro anos, questiona abertamente posições científicas, como as alterações climáticas, e tem sido muito criticado pela forma como está a lidar com a pandemia do novo coronavírus, que já causou seis milhões de infetados e 184.697 mortes nos EUA.
Em contrapartida, estes cientistas salientaram que, no seu "largo historial de serviço público", Biden tem demonstrado constantemente a sua vontade de "escutar os peritos" e a sua compreensão do "valor da colaboração internacional na investigação" científica.
Realçaram também o "respeito pela contribuição que os imigrantes dão para a vida intelectual" nos EUA, um dos assuntos que também tem valido fortes críticas a Trump por parte da comunidade científica e tecnológica, devido às suas políticas contra a imigração, mesmo que esta seja legal.
Segundo os serviços da campanha eleitoral de Joe Biden, este grupo de cientistas distinguidos com o prémio Nobel é o maior que alguma vez apoiou um candidato presidencial nos EUA.
Em comunicado aparte, o Prémio Nobel da Química em 2006, Roger Kornberg, garantiu, também sem mencionar o nome do incumbente, que as "múltiplas crises" que os EUA estão a enfrentar, incluída uma de desinformação", requerem um líder que, como Biden, tenha uma "profunda admiração pela ciência e pela verdade".
Nas eleições presidenciais de 2016, a candidata presidencial dos democratas, Hillary Clinton, recebeu o apoio de 70 Prémios Nobel.
Segundo a cadeia televisiva CNN, a iniciativa da carta foi do congressista democrata Bill Foster, o único físico que existe no Congresso dos EUA.