O proprietário de uma loja de máquinas fotográficas e câmaras de vídeo, que foi incendiada nos recentes protestos contra o racismo e a violência policial em Kenosha, acusa Donald Trump de enganar os norte-americanos e de ter usado o seu negócio para obter proveitos políticos, refere a Associated Press.
Tom Gram disse que foi contactado pela Casa Branca esta segunda-feira, tendo sido convidado para encontrar-se com o presidente no dia seguinte durante a visita de Trump a Kenosha. Nesta deslocação à cidade do estado do Wisconsin, Trump encontrou-se com proprietários de negócios destruídos para avaliar os estragos.
Mas Gram recusou o convite. Como tal, os assessores de Trump convidaram o antigo dono da loja e ainda proprietário do edifício onde a Rode’s Camera Shop se encontra para se juntar ao presidente durante a sua visita a Kenosha.
“Acho que tudo o que ele faz transforma-se num circo e eu simplesmente não queria fazer parte disso”, explicou Tom Gram à estação televisiva WTMJ-TV. Mas Gram lamentou que o presidente se tenha referido a John Rode (o homem que está à direita de Trump na imagem) como se fosse o proprietário da loja, e considerou as menções do presidente enganadoras.
Esta quarta-feira, a Casa Branca salientou que John Rode e a sua família fundaram e construíram a Rode’s Camera Shop antes da Segunda Guerra Mundial e que John Rode continua a ser o proprietário do edifício.
Durante a visita a Kenosha, Donald Trump não se encontrou com familiares de Jacob Blake, o homem negro que foi atingido a tiro sete vezes pelas costas pela polícia. Um episódio de violência policial que originou os protestos na cidade.
No entanto, esta segunda-feira o presidente defendeu publicamente Kyle Rittenhouse, um apoiante de Trump de 17 anos que matou dois manifestantes e feriu um terceiro em Kenosha.