"Na última semana foram registados mais 30 novos casos positivos", afirmou a alta-comissária para a covid-19, Magda Robalo, no balanço semanal sobre a evolução da pandemia provocada pelo novo coronavírus no país.
Segundo Magda Robalo, foi também registada mais uma morte, elevando para 39 o total de vítimas mortais provocadas pela pandemia.
No total, a Guiné-Bissau registou, desde o início da pandemia, um total acumulado de 2.275 casos, incluindo 903 casos ativos.
A alta-comissária afirmou que o Setor Autónomo de Bissau continua a ser a região do país com mais casos registados.
"Temos de ter muita cautela na análise nestes dados e não pensem que a covid-19 acabou na Guiné-Bissau", disse Magda Robalo, salientando que está a ser feito um esforço para aumentar a capacidade do país para realizar testes.
No âmbito do combate à covid-19, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência em março.
Desde então, o estado de emergência foi prolongado por diversas vezes, a última das quais até terça-feira.
O Governo guineense propôs na semana passada ao chefe de Estado o fim do estado de emergência e que seja decretado o estado de calamidade.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 31.283 mortos confirmados em quase 1,3 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos. Angola regista 117 mortos e 2.965 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.972 casos), Cabo Verde (42 mortos e 4.330 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.275 casos), Moçambique (27 mortos e 4.444 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 896 casos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 4,1 milhões de casos e 126.650 óbitos), depois dos Estados Unidos.