Seis meses após as tradicionais audiências de quarta-feira gravadas ao vivo na sua biblioteca privada, o Papa retomou hoje este encontro na presença de 500 fiéis e ao ar livre.
Francisco colocou a máscara de proteção quando saiu do carro e usou-a durante o percurso até à audiência geral.
Quando retirou a máscara, o Papa evitou apertar as mãos e beijar crianças, como fazia antes na Praça de São Pedro, no Vaticano.
No entanto, aproximou-se dos fiéis que se aglomeravam ao longo da proteção instalada, em vez de permaneceram nas cadeiras espalhadas no local.
Alguns dos fiéis baixaram máscara para tentar cumprimentar o papa, enquanto outros colocaram um presente nas suas mãos, como uma caixa com pastéis ou um boné branco.
Antes de iniciar a catequese e após apertar as mãos das autoridades religiosas que participaram na audiência, Francisco recomendou à multidão que "cada um voltasse para sua cadeira" para "evitar o contágio".
O texto de hoje voltou a centrar-se nas consequências socioeconómicas de um vírus "sem barreiras" e defendeu uma sociedade mais unida ao denunciar aqueles que pretendem tirar "benefícios económicos ou políticos".
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 898.503 mortos e infetou mais de 27,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.849 pessoas das 61.541 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.