Covid-19. Madrid vai limitar mobilidade a mais de 850 mil de habitantes
A região de Madrid decidiu restringir, a partir de segunda-feira, a liberdade de movimentos a mais de 850.000 pessoas, 13% dos seus habitantes, de zonas da cidade onde houve um grande aumento dos contágios de covid-19.
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Mundo Espanha
A população afetada poderá sair do seu bairro para ir trabalhar, ao médico ou levar os seus filhos à escola, e o número de pessoas que se podem reunir é reduzido de 10 para 6.
"Devemos evitar o estado de emergência mas acima de tudo o confinamento, o confinamento é o desastre económico e deve ser evitado por todos os meios", disse a Presidente da comunidade autónoma de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, na conferência de imprensa em que apresentou as novas medidas.
O encerramento de jardins e parques é outra das medidas anunciadas para ser implementada em 37 áreas sanitárias da capital espanhola, uma cidade que tem cerca de 6,6 milhões de habitantes num total nacional de 47 milhões.
No interior dessas zonas continua a ser possível circular, mas as reuniões públicas ou privadas são reduzidas a seis pessoas e haverá uma redução da capacidade dos estabelecimentos de 50%, em termos gerais.
A região de Madrid é onde há mais casos de covid-19 em Espanha e uma das que, em termos relativos, tem atualmente mais contágios no mundo.
As novas medidas serão aplicadas durante 14 dias, a partir de segunda-feira, e poderão ser prorrogadas se a situação epidemiológica o exigir.
A presidente da comunidade autónoma também anunciou a realização de cerca de um milhão de testes durante a próxima semana.
A região de Madrid é aquela que tem atualmente um maior número de infeções diárias, tendo registado mais 4.902 na quinta-feira, o que significa mais de 40% do total nacional nesse dia, de 11.291.
A capital de Espanha tem quase 182.000 casos de covid-19 num total nacional de mais de 625.000 detetados desde o início da pandemia.
Das mais de 30.000 mortes com a doença em Espanha, quase 9.000 tiveram lugar em Madrid.
O aumento de casos positivos nas últimas semanas levou a um crescimento de doentes hospitalizados nesta região, para mais de 3.000 camas ocupadas com doentes covid quando em todo o país há 10.000.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 946 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.894 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.732 mortos, quase 386 mil casos), seguindo-se Itália (35.668 mortos, quase 295 mil casos), França (31.095 mortos, mais de 415 mil casos) e Espanha (30.405 mortos, mais de 625 mil casos).
[Notícia atualizada às 17h50]
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