Marika Bret disse hoje à rádio France Info que, "perante a gravidade das ameaças", que não foram detalhadas por motivos de segurança, a polícia comunicou-lhe, na semana passada, "que tinha dez minutos para preparar uma mala" e abandonar o edifício onde reside.
Bret acrescentou que se encontra em casa de amigos a quem comunicou que se considerava "refugiada política".
A responsável da publicação francesa frisou que se encontra sob proteção das forças policiais desde 2015 e que, por isso, confia nos conselhos e indicações das autoridades.
"Explicaram-me que provavelmente nunca mais poderei regressar a minha casa", disse.
A diretora de recursos humanos afirmou ainda que decidiu tornar pública a situação em que se encontra, para mostrar "o clima de ódio" que existe.
O processo judicial sobre o atentado contra a revista Charlie Hebdo, no dia 07 de janeiro de 2015 e outros ataques radicais islâmicos que se seguiram, começou em Paris no princípio do mês.
Um total de 17 pessoas morreu durante os ataques levados a cabo pelos irmãos Kouachi e Amedy Coulibaly.