Numa mensagem de vídeo publicada por ocasião do 75.º aniversário da ONU, Motegi pediu a ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança para o tornar "um órgão efetivo e representativo", que reflita as realidades da comunidade internacional do século XXI.
O órgão é atualmente composto por 15 membros, cinco permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França; um reflexo do esquema de poder na época da criação da ONU, após o fim da Segunda Guerra Mundial) e dez membros não-permanentes.
O Japão ocupou um dos dez cargos rotativos onze vezes, desde que ingressou nas Nações Unidas em 1956.
Os Estados membros da ONU "não podem concordar com o 'status quo'", disse Motegi na sua mensagem em inglês, na qual assegurou que "o Japão está totalmente preparado para cumprir as suas responsabilidades como membro permanente do Conselho de Segurança e contribuir para garantir a paz e estabilidade mundial".
"As crises que temos de enfrentar através do multilateralismo estão a aumentar em diversidade e escala", disse o chefe da diplomacia japonesa, exemplificando a sua posição com a pandemia de covid-19.
O ministro referiu ainda que os membros "com capacidade e disposição para assumir as responsabilidades maiores, deveriam ter assentos num Conselho de Segurança ampliado".
Motegi fez estas declarações um dia antes dele e os seus homólogos da Índia, Alemanha e Brasil realizarem uma reunião online na qual deverão tratar da esperada reforma do Conselho de Segurança da ONU, ao qual os quatro países aspiram tornarem -se novos membros permanentes.