O Ministério da Saúde espanhol reporta, esta quinta-feira, um acréscimo de 10.653 casos de contágio ao balanço total, ultrapassando assim a barreira dos 700 mil casos confirmados desde o início da pandemia no país. O número total de casos de pessoas com diagnóstico positivo confirmado pelo teste PCR é agora de 704.209 desde o início da pandemia em Espanha, o maior número acumulado de casos na Europa.
As autoridades sanitárias registaram, ainda, a morte de 84 pessoas nas últimas 24 horas, segundo o reportado pelas comunidades, um número inferior ao dia anterior (130), mas muito acima dos registos diários apresentados desde o final de maio (maioritariamente abaixo de 10 óbitos por dia) até início de agosto.
Em termos globais, Espanha já contabiliza 31.118 mortes desde o início da crise pandémica.
Madrid continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de infeções, tendo registado mais 4.350 casos do que o número notificado na quarta-feira.
Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.310 pessoas, das quais 486 em Madrid, 145 na Andaluzia, 110 em Castela e Leão e 104 na Catalunha. Há em todo o país 11.041 pessoas hospitalizadas com a doença, que ocupam quase 10% das camas dos hospitais, e 1.445 pacientes estão em unidades de cuidados intensivos.
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— Ministerio de Sanidad (@sanidadgob) September 24, 2020
Espanha está, nesta altura, a ultrapassar uma segunda vaga da pandemia, conforme disse há dias o diretor do Centro de Alertas e Emergências em Saúde, Fernando Simón, ainda que não se verifique "o mesmo impacto" do que em março ou maio deste ano.
Na quarta-feira, o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, concordou que a segunda vaga está a ser "claramente" diferente da primeira porque é "de menor intensidade" e a sua taxa de crescimento "é mais lenta", mas também acrescentou que é preciso estar preparado para todos os cenários.
A região de Madrid é a mais impactada pela pandemia no país e espera-se que amanhã, sexta-feira, seja anunciado o alargamento das medidas de restrição em vigor em algumas zonas sanitárias da cidade a outras áreas.
Desde segunda-feira que quase um milhão de pessoas na capital espanhola e arredores estão sujeitas a restrições rigorosas dos seus movimentos durante duas semanas. As mais de 850.000 pessoas atingidas (de um total de 6,6 milhões de habitantes na região) estão proibidas de sair da sua zona de residência, exceto por razões muito específicas: para ir trabalhar ou estudar, para visitar um médico, para responder a convocação jurídica ou para cuidar de pessoas dependentes.