Amazonas volta a impor restrições face a aumento de casos
O estado brasileiro do Amazonas inverteu o seu plano de desconfinamento e voltou a impor hoje algumas restrições, tendo em conta o aumento de casos de covid-19 nas últimas semanas.
© Lusa
Mundo Covid-19
O governador do Amazonas, Wilson Lima, decidiu hoje fechar os bares, casas de festas e praias por um período de 30 dias, mas manteve as aulas nas escolas.
A decisão surge na sequência de um novo aumento do número de casos no Amazonas, que foi o primeiro estado brasileiro a entrar num colapso sanitário e funerário devido à pandemia de covid-19.
A situação melhorou gradualmente desde maio passado, mas as autoridades reacenderam os alertas como resultado do não cumprimento das medidas de isolamento social.
"Estamos a tomar esta decisão devido à falta de respeito de alguns pelos protocolos. Ninguém estava a usar máscaras e havia aglomerações. Isso acaba por se tornar um foco de transmissão da covid-19", disse o governador.
Wilson Lima recordou que só no último fim de semana dois estabelecimentos que tinham reunido cerca de 7.000 pessoas foram encerrados.
"Não vou deixar os clubes abertos e as escolas fechadas", sublinhou o governador.
A capital do estado, Manaus, já tinha ativado a "situação de emergência" na semana passada como resposta a um surto de casos, razão pela qual impôs novas restrições e reforçou a sua rede de saúde, que entrou em colapso em abril passado.
Segundo a câmara municipal, houve registos recentes de equipas de vigilância sanitária que indicam um "aumento na procura espontânea de casos suspeitos de covid-19" nas 11 clínicas da capital amazónica dedicadas à deteção de casos positivos.
Apesar do aumento das infeções, as autoridades ainda acreditam ser demasiado cedo para falar de uma "segunda vaga" no Estado, que totaliza 133.413 casos e 3.984 mortes.
O Brasil já atingiu os 4,6 milhões de pessoas infetadas e 139.000 mortes, o que o torna um dos países mais atingidos pela pandemia, juntamente com os Estados Unidos da América e a Índia.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 978.448 mortos e quase 32 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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